sexta-feira, 9 de março de 2012

Dia.

(...)"Andando no centro, pensando e caminhando, passo a passo. Decido ir para o lado onde tem sombra (pra ver se não desmaio mais uma vez por causa da temperatura que se fazia lá fora), e logo percebo que todos tiveram a mesma ideia, como se fossemos patinhos seguindo um ao outro.
Percebi que o tempo que levaria para chegar ao meu "destino", estava controlando minha mente como se fosse uma bomba relógio que logo explodiria, tinha que acelerar os passos para conseguir chegar lá, mas, percebi que o meu único motivo não estaria mais ali, simplesmente a merda de coisa que me fazia sorrir, não estava lá.
Parei no meio do centro como se fosse um vira-lata perdido do seu "bando", fiquei olhando para os lados.
Peguei o último cigarro da carteira como se fosse uma preciosidade tamanha, acendi e voltei a caminhar. Notava todas as placas como se nunca tivesse passado por ali, como se fosse uma coisa nova para mim. E será que não era? Nunca realmente parei para olhar a beleza daquilo e como os seres humanos a estragam de vez em quando.
Fiquei desmotivada, mas andando. Continuando. Cheguei ao meu destino, encontrei algumas pessoas, os cumprimentei e só. Fiquei o dia quieta, como se fosse uma muda; olhando para os passos e risos dos outros, (como se fosse uma anormalidade tudo aquilo), aqueles sorrisos bobos que duram alguns milésimos.
Não esperava, mas me aparece um guri, que não me recordo o nome, me compra uma carteira de cigarro e diz: "Olhei pra você e percebi o quanto você precisava, pegue."
Sai do meu destino, depois de cinco horas sentada para ouvir coisas que tentam empurrar "ouvido abaixo" em você, acendi um cigarro e fui andando. Solitária." (...)

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