sexta-feira, 6 de julho de 2012

Morte.

"Laura, devia lhe falar que vai passar... mas só vai amenizar. Ficar mais leve? Isso vai. Mas é inesquecível, e estranhamente te completa. Você descobre depois que 'passa' que você precisava disso... é estranho. É bom de um jeito mórbido e terrível.
Vai te esmagar contra a parede... a sensação é a de ser fritada em óleo quente lavada com uma mangueira e virar de cabeça pra baixo. Tudo ao mesmo tempo.
Mas isso te completa, é necessário."

terça-feira, 26 de junho de 2012

Adeus.

"A vida nem sempre é do jeito que eu esperava, eu já nem sei se vale à pena. Mas se eu pintar um horizonte infinito e caminhar do jeito que eu acredito, eu vou chegar em um lugar só meu.
Lá pode ter um novo amor pra eu viver, quem sabe uma nova dor pra eu sentir e a droga certa pra fazer te esquecer... Apagar a tua marca de mim.
Quem dera poder partir, sem tchau, sem mala e sem nada.
Ver bem de longe o meu planeta e perceber que a gente é pequeno demais na imensidão das galáxias... e quem sabe, voltar a bordo de um cometa.
Mas se eu pensar que em tudo há algo de perfeito e assim voar pra onde o ar é rarefeito, eu vou chegar em um lugar só meu.
E tudo pode estar lá... E eu aqui."

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ciclo.

"O mundo é um eterno fluir, como num rio, e é impossível banhar-se duas vezes na mesma água."

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Álcool.

"Deixa pra lá, estávamos meio bêbados e acabei falando a verdade que eu queria que fosse mentira... Amanhã de manhã você não lembrará de mim, dessa noite ou de nós."

domingo, 18 de março de 2012

Boa morte a nós dois.

‎"Socar a parede até a mão sangrar, como se não tivesse exatamente nada e nem ninguém querendo dormir em volta além dela, de sua raiva e dor."

sexta-feira, 9 de março de 2012

Dia.

(...)"Andando no centro, pensando e caminhando, passo a passo. Decido ir para o lado onde tem sombra (pra ver se não desmaio mais uma vez por causa da temperatura que se fazia lá fora), e logo percebo que todos tiveram a mesma ideia, como se fossemos patinhos seguindo um ao outro.
Percebi que o tempo que levaria para chegar ao meu "destino", estava controlando minha mente como se fosse uma bomba relógio que logo explodiria, tinha que acelerar os passos para conseguir chegar lá, mas, percebi que o meu único motivo não estaria mais ali, simplesmente a merda de coisa que me fazia sorrir, não estava lá.
Parei no meio do centro como se fosse um vira-lata perdido do seu "bando", fiquei olhando para os lados.
Peguei o último cigarro da carteira como se fosse uma preciosidade tamanha, acendi e voltei a caminhar. Notava todas as placas como se nunca tivesse passado por ali, como se fosse uma coisa nova para mim. E será que não era? Nunca realmente parei para olhar a beleza daquilo e como os seres humanos a estragam de vez em quando.
Fiquei desmotivada, mas andando. Continuando. Cheguei ao meu destino, encontrei algumas pessoas, os cumprimentei e só. Fiquei o dia quieta, como se fosse uma muda; olhando para os passos e risos dos outros, (como se fosse uma anormalidade tudo aquilo), aqueles sorrisos bobos que duram alguns milésimos.
Não esperava, mas me aparece um guri, que não me recordo o nome, me compra uma carteira de cigarro e diz: "Olhei pra você e percebi o quanto você precisava, pegue."
Sai do meu destino, depois de cinco horas sentada para ouvir coisas que tentam empurrar "ouvido abaixo" em você, acendi um cigarro e fui andando. Solitária." (...)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vida ingrata de uma pirata.

"O bafo de cerveja de um bar qualquer, solitária na mente e na vida. Ela continua a andar apesar de não ter aonde ir, sabe que se parar, ficará bêbada como se não houvesse o porque ficar 'sóbria'.
Ela sabe que não irá conseguir parar pelo seu tesão por álcool e aliás, não quer parar.  Algo lhe diz que as pessoas abandonarão mesmo se a própria parar de ser ela, aparenta ser algo inevitável como o sexo entre os humanos.
Assim será. Você e sua garrafa de rum."